Sem pisar no rio do tempo,
A câmera do
telejornal
Capta o passado vivo
Em tempo real.
Súbito farfalhar de asas
E crepitar de folhas assustadas
Desafiam o silêncio
Virgem da floresta
Que pulsa em mistério.
Perplexo, o repórter
Flagra uma tribo primitiva
Intocada pela civilização.
Corpos totalmente desnudos
Integram a natureza:
Passam nômades guerreiros
À frente de mulheres apressadas
Que carregam meninos e outro fardos.
Uma criança percebe o intruso,
E grita: “tapuim!”, “tem inimigo”!
E a mãe ordena: “atzé !”, “vamos”!
E desaparecem todos no seio da floresta.
Maria
Nazaré de C. Laroca
Juiz de
Fora. 16/08/2013.