domingo, 7 de outubro de 2012

A avó _ La avino




                                                                          

 



A avó 



Minha avó era definitiva

como um camafeu.

povoava de santidade

a minha infância de subúrbio.


Um dia, minha avó

se foi como um passarinho:

sopro de luz,

frêmito de cristal.




Maria Nazaré de C. Laroca

In Sem cerimônia, p.43.

Juiz de fora, MG, 2000.



La avino 



La avino definitive raris

kiel kameo.

Ŝi plenigis per sankteco

mian infanecon en ĉirkaŭurbo.


Avino iam forpasis

kiel birdeto:

spirblov’ el lumo

kristalvibro.




Traduko reviziita de

Paulo Sérgio Viana

Maria Nazaré de C. Laroca

Juiz de Fora - 07/10/2012

7 comentários:

  1. O verss "definitiva como um camafeu" é magnífico! Parabéns, Nazaré.

    ResponderExcluir
  2. Oi, André Luiz!
    Ganhei meu dia com seu comentário!
    Obrigada!
    Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. Avinoj kutime raras kvazaŭ delikataj kronikoj.

    ResponderExcluir
  4. Certe la delikateco de via kara avino,materialigxis en viaj versoj.
    Gratulon, amikino!

    ResponderExcluir
  5. Lindo!!! Fez- me lembrar de minha avó Joana e sua tŕagica vida. E a ela que ofereço este dia.

    ResponderExcluir
  6. Jen revizitas nin viajn antikajn versojn kvazaŭ birdoj, kiuj revenas al la denaska loko...
    Gratulon, poetino amika.

    ResponderExcluir