Aguda desarmonia na minha rua:
Não ouço mais o alegre bom-dia
Da simpática velhinha ao portão.
Um abandono sem cerimônia
No silêncio da porta fechada
Daquela casinha sobrevivente
Entre os prédios de luxo...
No jardim sempre cuidado,
Apenas galhos decapitados, vazios:
As rosas vermelhas fugiram às pressas,
Na madrugada de domingo:
Não suportaram a ausência
Da risada daquela amiga
Que partira sem avisar...
Sem ao menos um abraço de adeus.
Maria Nazaré
de C. Laroca
Juiz de
Fora, 30 de novembro de 2012.
bela sua sensibilidade para dizer da morte! beijos
ResponderExcluirObrigada, Lázara! Ela era minha vizinha e a dor foi grande...
ResponderExcluirVoce é uma poetisa, sensível e espiritualizada.
ResponderExcluirAbraços.
Lidar com a partida de uma pessoa querida nunca é fácil. A poesia vem apenas atenuar a dor da perda. Belo poema.
ResponderExcluirTocante!!! Um dos mais belos que já li!! :)
ResponderExcluirAlgumas pessoas marcam presença mesmo que tenham partido. Bjos
ResponderExcluirSensível, delicado e real!!!!!
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