Em 1974 enviei um poema para Drummond, e ele me respondeu
com muita gentileza. A carta do poeta dizia assim:
Rio, 8 de julho de 1974.
Obrigado, amiga Nazaré,
pelo breve e essencial poema que me enviou e que tem, igualmente, “a doçura das
coisas não compradas”.
O abraço afetuoso e
admiração de
Carlos Drummond
Descoberta
A Carlos Drummond
de Andrade
Com a doçura das
coisas não compradas,
De repente a água
No corpo da rocha fez morada
E abrigo de sonhos
Em gestação antiga
e só.
No seio de cada
pedra,
Pétala de rosa
surpreendida
Misteriosamente cotidiana.
Maria Nazaré
de C. Laroca
In: Sem
cerimônia, 2ª ed. Juiz de Fora - MG, 2000. p. 30
que relíquia! uma carta de Drummond..... e que lindo seu poema! beijos
ResponderExcluirQuanta felicidade, Nazaré, no verso ("a doçura das coisas não compradas") e na carta! Se o Poeta repetiu o verso, é porque gostou!
ResponderExcluirNazaré, foi muito bom bisbilhotar essas correspondências poéticas. Que precioso! Obrigado por compartilhar! Abraço!
ResponderExcluirÉ uma relíquia mesmo a carta de Drummond. É algo pra se guardar pra vida toda.
ResponderExcluirVeran relikvon vi gardas! Via poezio signifas por ni Esperantistoj tion, kion signifas la poezio de Drummond por brazilanoj.
ResponderExcluirNazaré, sen multe da vortoj mi gratulas vin!
ResponderExcluirTre grava relikvo!
ResponderExcluirUma relíquia essa carta.
ResponderExcluirQue honra receber esse retorno do poeta!
ResponderExcluirEssa generosidade que é típica dos gênios nos comove como a sua poesia cheia de encantos!
Parabéns em dobro!
Muito bom. Deve ter sido um momento de raro prazer receber a carta do Drummond. Parabéns.
ResponderExcluirTiu mencio estas valora omaĝo al via poemo.
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