Descoberta
A Carlos Drummond de Andrade
Com a doçura das coisas não compradas,
De repente a água
No corpo da rocha fez morada
E abrigo de sonhos
Em gestação antiga e só.
No seio de cada pedra
Pétala de rosa surpreendida
Misteriosamente cotidiana.
Maria
Nazaré C. Laroca
In: Sem cerimônia, 2ª ed. Juiz de Fora -MG,
2000. p. 30
|
Malkovro
Al Carlos Drummond de Andrade
Tiel kiel mildas
ĉio senpaga,
Subite akvo
Ekloĝis en roko,
Ŝirmejo plenreva
De longe solgravede.
En la brusto de ĉiu ŝtono Neatendita rozpetalo: Tute ĉiutaga mistero.
Maria
Nazaré C. Laroca
Juiz de
Fora - 17 /10/2012
|
Textos em português e esperanto. Tekstoj en la portugala kaj en Esperanto.
Obrigada por sua visita! Dankon pro via vizito!
Obrigada por sua visita! Dankon pro via vizito!
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Descoberta / Malkovro
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Carta de Drummond
Em 1974 enviei um poema para Drummond, e ele me respondeu
com muita gentileza. A carta do poeta dizia assim:
Rio, 8 de julho de 1974.
Obrigado, amiga Nazaré,
pelo breve e essencial poema que me enviou e que tem, igualmente, “a doçura das
coisas não compradas”.
O abraço afetuoso e
admiração de
Carlos Drummond
Descoberta
A Carlos Drummond
de Andrade
Com a doçura das
coisas não compradas,
De repente a água
No corpo da rocha fez morada
E abrigo de sonhos
Em gestação antiga
e só.
No seio de cada
pedra,
Pétala de rosa
surpreendida
Misteriosamente cotidiana.
Maria Nazaré
de C. Laroca
In: Sem
cerimônia, 2ª ed. Juiz de Fora - MG, 2000. p. 30
domingo, 28 de outubro de 2012
Barco / Boato
Barco
Desarruma
A tua
rima ,
Arruma
O coração
E rema
Rumo
à vida!
Maria Nazaré de C. Laroca
In: Poemas sem
endereço, Juiz de Fora, 2000. p. 41.
Boato
Poeto,
Malaranĝu
Vian rimon,
Aranĝu vian koron,
Kaj remu
Direkte al vivo!
Maria Nazaré de C. Laroca
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Conversa pra joelho dormir / Parolado por endormigi genuojn
Conversa
pra joelho dormir
Oh, meus
joelhos! Condição imprescindível da minha verticalidade flexível ...
Às vezes indecisos,
ajoelhados; às vezes corajosos, circunflexos, enlaçados com outros joelhos em
entrelaço de amor...
Oh, meus
joelhos! Tenho um amigo que os considera belos e sensuais... E eu até
gosto disso...
Nus, bronzeados,
expostos, movem-se inteligentes na aridez da floresta urbana: em elevadores, bancos,
cinemas, universidades e shoppings...
Oh, pobres joelhos, feridos, fora de combate... Agora repousam em gelo de dor e dormem sob o sol de inverno, sonhando com tempos de dança, em ritmo de alegria.
Oh, pobres joelhos, feridos, fora de combate... Agora repousam em gelo de dor e dormem sob o sol de inverno, sonhando com tempos de dança, em ritmo de alegria.
(Maria Nazaré de Carvalho Laroca Juiz de Fora - 2003)
Parolado
por endormigi genuojn
Ho, miaj
genuoj! Nemalhaveblaj iloj de mia fleksebla vertikalkondiĉo...
Kelkfoje nedecidemaj, genufleksaj; kelkfoje kuraĝaj, cirkunfleksaj, kun aliaj genuoj interplektitaj en ĉirkaŭpremo de amo...
Ho, miaj genuoj! Mi havas amikon kiu ilin konsideras belaj kaj voluptemaj... Kaj eĉ mi tion ŝatas...
Nudaj genuoj sunbrunigitaj, ekspoziciitaj, moviĝas inteligente tra la troseka arbaro urba: en liftoj, bankoj, kinejoj, universitatoj kaj komercaj centroj...
Ho, povraj, vunditaj genuoj... eksterbatale. Ili ripozas nun sub glacia doloro kaj dormas vintrosune, revante pri la dancotempoj, ĝojritme...
Kelkfoje nedecidemaj, genufleksaj; kelkfoje kuraĝaj, cirkunfleksaj, kun aliaj genuoj interplektitaj en ĉirkaŭpremo de amo...
Ho, miaj genuoj! Mi havas amikon kiu ilin konsideras belaj kaj voluptemaj... Kaj eĉ mi tion ŝatas...
Nudaj genuoj sunbrunigitaj, ekspoziciitaj, moviĝas inteligente tra la troseka arbaro urba: en liftoj, bankoj, kinejoj, universitatoj kaj komercaj centroj...
Ho, povraj, vunditaj genuoj... eksterbatale. Ili ripozas nun sub glacia doloro kaj dormas vintrosune, revante pri la dancotempoj, ĝojritme...
(Maria Nazaré de Carvalho Laroca Juiz de Fora - 2003)
sábado, 20 de outubro de 2012
Decisão / Vivdecido
Decisão
Desisti
De esperar
Que a vida
Se apaixone
Por mim :
Decidi
Apaixonar-me
Por ela .
Ficou mais fácil.
Maria Nazaré de C. Laroca
In: Poemas sem endereço.
Juiz de Fora. 2000. p.25.
Vivdecido
Mi rezignis
Esperi la vivo
Enamiĝos al mi:
Mi decidis do
Enamiĝi al ĝi.
Estis pli facile.
Maria Nazaré de C. Laroca
20/10/2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Monet
É uma tarde de verão
E Claude Monet
Recria então
Vestígios perfumados
De felicidade.
Maria Nazaré de C. Laroca
Juiz de Fora, 17/10/2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Alquimia / Alkemio
Alquimia
Vou transvivendo
Tua ausência
Em alquimia .
Da poesia ,
Atravesso
O meu avesso
Feito verso,
E reinvento
A saudade
De ti, refém
Da tua fotografia .
Maria Nazaré de C. Laroca
Poema classificado no “Primeiro Concurso de Poesia Poemas Azuis”.
Julgado por Affonso Romano de Sant'Anna, em 15/12/2000:
http://www.reocities.com/poemasazuis2/resultado.htm
http://www.reocities.com/poemasazuis2/mnazare.htm
http://www.reocities.com/poemasazuis2/mnazare.htm
Alkemio
Mi plu travivas
Foreston vian
Alkemie.
Per lamenoj
De l'poezio
Mi trapasas
Mian reverson
Versigitan
La sopiron
Pri vi, ostaĝo
De foto via.
Maria Nazaré de C.
Laroca
Traduko reviizita de
Paulo Sérgio Viana
06/10/2012
Tiu poemo estis unu el la 15 poeziaĵoj selektitaj kaj premiitaj en la poezikonkurso
"Unua Konkurso pri Poezio Bluaj Poemoj". La famkonata poeto Affonso
Romano de Sant'Anna estis la sola juĝinto (15-12-2000).
sábado, 13 de outubro de 2012
Micropoema no twitter
E eu quero um começar
Sem um começo;
Prefiro esse ficar
Sem um desfecho,
E degustar minha fatia
De eternidade!
Maria Nazaré de C.
Laroca
Micropoema selecionado entre
mais de 2000 enviados por 500 concorrentes participantes do 3º. Toc 140 Poesia no Twitter - Fliporto
2012
(Olinda -PE 2012) http://www.fliporto.net/
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Notícia / Informo
Notícia
No dia 10 de outubro
de 2008,
Uma
menininha gentil
A menina de oito anos sorri
E abre a porta de sua miséria
Das bolsas de valores .
E a menina raquítica
Informa com simplicidade :
- Quando não tem
o que comer ,
- Onde ? No estômago ?
(pergunta a repórter
com presteza .)
- Oh , não ! Dói aqui
no coração ...
De tanta tristeza ...
Maria Nazaré
de Carvalho Laroca
INFORMO
La 10-an oktobro 2008,
Televidile mi spektis
(kaj ploris)
Delikatan knabinon
Kiu malsatas (oh , terure!)
En kruda enlando de Brazil’.
Naive ridetas l’ infan’
La pordon malfermante
De sia mizero al mond’
Kiu zorgas pri falantaj
Borsoj internaciaj.
Kaj la rakita ulin’
Simplece kaj rekte informas:
- Tiam, kiam ne estas manĝaĵ’
Tamen, venas dolor’...
- Kien? Ventren? (demandas
la reportist’.)
- Ho, ne! Ĉi doloras la
kor’
Pro tiom da malĝoj’ ...
Maria Nazaré
de Carvalho Laroca
Assinar:
Postagens (Atom)