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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Momento

                                                          Foto de Rayssa Giffoni

Momento

Ontem ganhei

um presente

inesperado.

Ao entardecer,

um sol travesso

varreu as últimas

gotas de chuva,

e um arco-íris

abraçou o céu,

pintando

dois minutos

de infinita paz.


Momento

Hieraŭ mi ricevis

neatenditan donacon.

Ĉe krepusko,

petolema suno

forbalais la lastajn

pluvgutojn,

kaj ĉielarko

la ĉielon ĉirkaŭbrakis,  

du minutojn pentrante

da senfina paco.


Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora, 10/12/2025.

Brazilo


sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Ausência _ Foresto

 




Ausência

Sempre que passo numa rua

do meu bairro, paro e espio

um velho fusca desgastado

a olhar em azul, da garagem

de um chalé abandonado,

entre o luxo dos prédios.


O mato cresce ao redor,

não há mais jardim;

só a presença do mistério

de um ignoto passado.


Foresto

Kiam ajn mi preterpasas

straton de l’ kvartalo,

ĉiam mi haltas por ekgvati

eluzitan aŭtomobileton.

 

Ĝi bluerigardas de garaĝo

de forlasita dometo,

meze de luksaj konstruaĵoj.  

 

Kreskas fiherboj ĉirkaŭe,

ne plu estas ĝardeno;

nur la ĉeesto de l’ mistero

de nekonata pasinteco.


Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora 22/08/2025.

Brazilo


segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Indiferença _ Indiferenteco


 

Indiferença


Tórrida manhã de janeiro.

Na porta aberta de uma agência bancária,

um cão de olhos tristes 

desfruta o luxo do ar-condicionado.

Do lado de fora, um casal

de moradores de rua

dorme profundamente,

coberto pela poeira do sol.

Ninguém se importa.


Indiferenteco


Varmega januara mateno.

Ĉe malfermita pordo

de bankoficejo,

malĝojokula hundo ĝuas

la lukson de klimatizilo.

Ekstere, senhejma paro

dormas profunde,

kovrita per polvo

de la brulanta suno.

Neniu zorgemas.


Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora, 27/01/2025.

Brazilo




segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Quase um poema _ Preskaŭ poemo


 Quase um poema


O poema faz silêncio

quando a dor do mundo  

invade os versos

e o coração do poeta.

O poema emudece,

mas palavras refugiadas,

nas entrelinhas do sonho,

alçam voo nas asas da poesia

para celebrar o Ano Novo.


Preskaŭ poemo


Poemo silentas,

kiam la doloro de l’ mondo 

invadas la versojn

kaj la koron de l’ poeto.


Poemo silentas,

sed rifuĝintaj vortoj,

inter la linioj de l’ sonĝo,

ekflugas sur  flugiloj de l’ poezio

por festi la Novjaron.


Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora, 30/12/2024.

Brazilo


quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Trova bilíngue

 



Dorme estrela peregrina,

na minh’alma, seu altar:

semente de luz divina

que um dia vai despertar!


Dormas pilgrimanta stel’,

en l’anim’, altaro sia:

dia lumsem’ el ĉiel’,

kiu ja vekiĝos iam.

                                                                                 

Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora, 1º / 08/2024

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Jesus _ Jesuo

 


Da lei do infinito Amor

de Deus aos homens em guerra

foi Jesus, Nosso Senhor,

perfeito exemplo na Terra.



El la leĝ’ de Am’ senfina

de Di’ al hom’ en milit’,

nur Nia Sinjor’ Jesu':

en la mond’ la perfektul'
.


Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 07/02/2024.
Brazilo


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Florescer _ Ekflori


 

 

Florescer


Procuro um poema

sem palavras

para cantar

em silêncio

a dor ingente,

e necessária.



Melhor seria uma prece

para a convivência amiga,

quando a alma resplandece

em fonte de luz e vida.




Ekflori


Mi serĉadas

senvortan poemon

por prikanti silente

la necesan doloregon.



Preĝo estus pli bona

por kunvivado amika,

kiam l’animo brilegas

en fonto de lum' kaj vivo.


Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 30/01/2024.
Brazilo