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domingo, 19 de novembro de 2017

Dia da Consciência Negra _ Tago de l’ Negra Konscienco







Dia da Consciência Negra



Lembrando Nietzsche, é desumano,

demasiado desumano

o homem que escraviza outro

humano desde a Pré-história

da humanidade insana.


A escravidão nos envergonha

e humilha o Brasil cordial.

Adianta pedir perdão?





Tago de l’ Negra Konscienco


Imite al Nietzsche, malhumanas,

tro malhumanas, sklaviganta homo

ekde l’ prahistoriaj tempoj

de la krudfreneza homaro.



Nin hontigas sklavig’, kaj ĝi

Brazilon fratan humiligas.

Ĉu kompensas pardonpeti?



Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 19/11/2017.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Pensamento _ Penso




Pensamento

É novembro e penso
que o estar-no-mundo
nem sempre é existir.

O sentido da vida
é a vida do sentido
que habita em nós,
nos sustenta e move.


Penso

Novembras kaj mi pensas,
ke l’estad’ en la mondo
ekziston  ne signifas.

La senco de  la  vivo
estas la viv’ de l’ senco,
kiu loĝas en ni,
nin subtenas  kaj movas.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 15/11/2017.


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Incompletude _ Nepleneco



Incompletude

Na mente de Deus embora, 
completa já seja eu, 
minha alma em construção 
rascunho se faz ainda, 
agora no tempo meu.

Rascunho de pedra e luz,
cotidiana inquietude,
constrói a paz  que persigo
na poesia da vida.



Nepleneco

Kvankam en la dia menso,
kompleta jam estas mi,
mia konstruata anim’
malnet’ ankoraŭ fariĝas
ja en mia nuna tempo.

Skizo el ŝtono kaj lumo,
ĉiutaga maltrankvil’,
konstruas  pacon serĉatan
ĉe l’ poezio de  l’ vivo.

Maria Nazaré Laroca
São Paulo, 15/10/2017.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

São Francisco _ Sankta Francisko




São Francisco

Neste nosso mundo ególatra,
há lugar para a humildade?
Luz que é do húmus da terra,
grandeza do mar abaixo
do leito de todos os rios?
Então lembremos Francisco,
O poverello  de Assis.

Sankta Francisko

En la ĉi-egocentra mondo
ĉu  humileco vereblas?
Lumo, el la humo de l’ tero,
grandeco de l’ maro sub
la fluej’ de l’ riveroj?
Do ni memoru Franciskon,
La poverello el Asizo.


Maria Nazaré Laroca
Juiz de fora, 04/10/2017.

sábado, 30 de setembro de 2017

Thérèse de Lisieux



                                                                                (1873 -1897)


Thérèse de Lisieux

Há cento e vinte anos,
em 30 de setembro,
Thérèse de Lisieux,
nossa Santa Teresinha,
24 anos, tão menina,
foi morar no Céu.

Uma violeta de luz,
vestindo a majestosa
transcendência da rosa,
ensinou-nos a amar a Deus
nos pequenos nadas,
tecidos com o perfume
da sua simplicidade.

Ensina-nos também,
oh, anjo bem-aventurado,
a compreender e aceitar
nossa divina humanidade!


Thérèse de Lisieux


Antaŭ cent dudek jaroj,
la 30-an de septembro,
Thérèse de Lisieux,
nia Sankta Terezinjo,
24 - jara knabino,
transloĝiĝis  Ĉielen.

Violo el lumo,
portante la majestan
transcendecon de l’ rozo,
ŝi instruis l’ amon al Dio
per etaj neniaĵoj,
teksitaj per la parfumo
de sia simpleco.

Ho, anĝelo feliĉega,
ankaŭ al ni lernigu
kompreni kaj akcepti
nian homecon dian!



Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 30 /09/2017.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Aceitação _ Akceptado



Aceitação

Demorei a fazer as pazes comigo,
antes do apelo para  sair de cena...
Assim o espero!

Aprendi que a vida é divindade  
a se manifestar no tabernáculo
feito corpo,  em busca de luz.

E doce é a alegria de saber
que  habita em mim, como em você,
a divina centelha, herdeira amada,  
para a glória de Deus.




Akceptado

Mi malfrue paciĝis kun mi mem,
antaŭ ol la alvoko por la elsceniĝo...
Tiel mi tion esperas!

Mi lernis, ke vivo estas dieco,
kiu  estiĝas  en  tabernaklo
farita el korpo, lumon serĉante.

Kaj dolĉe estas la ĝojo scii,
ke loĝas en mi, kiel en vi,
la difajrero, heredant’ amata,
por la dia gloro.   


Maria Nazaré Laroca
Juiz de fora, 28/09/2017.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Na primavera _ Printempe





Na primavera
                                                                                 
                                                                               http://www.releituras.com/cmeireles_primavera.asp

Após beber da sinfonia
majestosa de Cecília,
em louvor à primavera,
ao silêncio então me entrego.

Devagar eu me aquieto
à beira dos sonhos idos,
só para ouvir o pulsar
da minha impermanência
(como flores renascentes)
no rio desse inverno
peregrino que não passa.


Printempe

Post trinkad' el simfonio
majesta de Cecília,
en laŭdo al printempo,
silentas mi senpene.

Malrapide mi kvietiĝas
ĉe l’ rand’ de l' pasintaj sonĝoj,
nur por aŭdi la pulsadon
de l’ efemereco mia
(kiel renaskiĝantaj floroj)
en la rivero de l’ vintro
pilgrimanta, kiu ne pasas.


Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 22/09/2017.