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sexta-feira, 1 de março de 2013

Estação Paulista _ Metrostacio Paulista




Por uns instantes
Deixo-me engolir
Pela engrenagem
Da linha amarela
Do metrô: Cinderela
Operária de devaneios. 

As escadas rolantes
Duplas serpenteiam
Em longas caudas
De cinco voltas.
E a cada segundo eclode
Uma avalanche
De braços, pernas
E cabeças submersas
Em seus enigmas. 

Ouço um grito então
De humanidade
Em meu silêncio mecanizado;
E por um momento consigo
Amar aquela multidão.
Maria Nazaré de C. Laroca

São Paulo, 28/02/2013


Metrostacio Paulista
Dum kelka tempo
Mi staras ĉe l’engluto
De l’ meĥanismo
De l’ flava metrolinio:
Kiel Cindrulino
Laboranta revojn.
Rulŝtuparoj duope
Serpentas rondveture
Per kvin longaj vostoj.
Kaj ĉiusekunde
Ekaperas lavango
Je brakoj, kruroj
Kaj kapoj enmergitaj
En enigmojn.
Tiam mi ekaŭdas krion
El humaneca sento
En robota silento mia;
Kaj momente mi sukcesas ami
Homamason tian.
Maria Nazaré de C. Laroca
São Paulo, 28/02/2013

4 comentários:

Blogdopaulo disse...

Perfekta poezia esprimo pri la angoro en grandaj urboj. Kun ama transcendo.

André Luiz Vianna disse...

Gostei muito, Nazaré. Especialmente da última estrofe: "silêncio mecanizado" é uma boa expressão para descrever a multidão que passa. Parabéns!

Flávia Laroca disse...

Que lindo como você finalizou!!! :)

Josenilton kaj Madragoa disse...

Amikino Maria, vi sukcesis elpoeziigi ŝajne sensenteman urban popolamasaĵon. Mi ne sukcesus fari tian rimarkon meze de tiel intensa ir-revena socia agitiĝo. Gratulon!