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domingo, 13 de dezembro de 2015

Herança _ Heredaĵo




Herança

                                           "Vós sois a luz do mundo." (Mateus 5:14)

Quanto mais humanos,
mais divinos somos: 
pois herdeiros...
A divindade  do homem é feita
da humanidade de Deus.  

Heredaĵo
                           "Vi estas la lumo de la mondo."(Mateo 5:14)
Ju pli homaj,
des pli diaj ni estas: 
per heredaĵo...
La dieco de homo 
fariĝas 
el la humaneco de Dio.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 13/12/2015. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Clarinada _ Klarionado


Clarinada

Por que só no Natal
grita este desejo
de acender no peito
uma estrela de amor?


Klarionado

Kial nur Kristnaske
krias la deziro
eklumigi bruste
stelon el amo?

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 08/12/2015.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Homem _ Homo

Homem

Um sábio disse:
Deus começa
onde termina
o infinito.

E esse Amor te ama
antes de existires;
e te conhece anjo
antes de tu seres
centelha de vida.


 Homo

Saĝulo diris:
komenciĝas Dio,
kie finiĝas
l’infinito.

Kaj  l’ Amo vin amas,
antaŭ ol via ekzisto;
Ĝi vidas vin anĝelo,
antaŭ ol via ekesto
kiel fajrero de vivo. 

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 04/12/2015.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Em Deus _ En Dio




Em Deus

Nos jardins (ou desertos)
da alma,
as vozes do sentir
ideias plasmam
que a mente irradia
em toda parte.

E a usina mental,
espelho da vida,
os desejos refletem
de luz (ou perdição),
em sintonia
com o universo
das imagens afins.


En Dio

En la ĝardenoj (aŭ dezertoj)
de l' animo,
la voĉoj de l' sento
ideojn modlas,
kiujn la menso 
ĉien radias.


Kaj la mensa uzino,
spegulo de l' vivo,
reflektas la dezirojn
el lumo (aŭ detruo)
je agordo
kun l' universo
de bildoj similaj.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 1°/12/2015.




quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Elegia _ Elegio

Elegia

O Rio Doce, de luto,
lentamente  arrasta
o próprio cadáver insepulto
de lama perversa
para vomitar no oceano
indignação e tristeza.

O funeral de um rio, porém,
não cabe neste
arremedo de poema;
mas ao menos podemos
acender palavras de sonhos
e esperança à margem
de cada verso.

 Elegio

La Rivero Dolĉa funebras,
kaj malrapide  trenas
la nesepultan kadavron mem
el perversa koto
vomante en  oceanon
koleron kaj malĝojon.

La funebraĵo de l’ rivero, tamen,
ne taŭgas  por ĉi tiu ŝajna poemo;
sed almenaŭ ni povas
eklumigi vortojn el revoj
kaj espero surborde de ĉiu verso. 

                                                          
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 25/11/2015.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Existir _ Ekzisti


Existir

As almas voam

num chão de pássaros;

mas a solidão

de cada pessoa

é incomunicável.



Ekzisti


Animoj flugas

sur birda grundo;

sed la soleco

de ĉiu persono

ne komunikeblas.


Maria Nazaré Laroca 

Juiz de Fora, 04/11/2015.

sábado, 24 de outubro de 2015

Ausências _ Forestoj



Ausências

No festim da noite,
estrelas bêbadas 
de amavios
tecem delírios 
de violinos e flautas.

E o poeta se atavia
de palavras vazias;
o poema é cotovia
silenciosa
de ausências.


Forestoj

La noktan festenon,
steloj ebriaj
pro sorĉaĵoj
teksas delirojn
el flutoj kaj violonoj.

Kaj poeto sin ornamas
per vortoj malplenaj;
poemo estas silenta
alaŭdo
el forestoj.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 24/10/2015.