Lua do Leblon
Muitas luas já vivi ...
Lua barroca de Minas,
hóstia de luz elevada
sobre o silêncio beato
dos telhados das igrejas
de Ouro Preto e Mariana ...
E a lua fria de Manhattan
vai pingando solidão
nos braços da Liberdade ...
Mas essa lua vermelha
que contemplo de joelhos
do Mirante do Leblon:
Lua barroca de Minas,
hóstia de luz elevada
sobre o silêncio beato
dos telhados das igrejas
de Ouro Preto e Mariana ...
E a lua fria de Manhattan
vai pingando solidão
nos braços da Liberdade ...
Mas essa lua vermelha
que contemplo de joelhos
do Mirante do Leblon:
lua vestida de ouro,
nua, despida em fogo,
paixão suspensa, fetiche ...
Essa lua equilibrista,
balão chinês que enfeitiça,
é como um orgasmo do sol:
incêndio num mar dourado!
nua, despida em fogo,
paixão suspensa, fetiche ...
Essa lua equilibrista,
balão chinês que enfeitiça,
é como um orgasmo do sol:
incêndio num mar dourado!
Maria Nazaré de C. Laroca
(IN: Travessia do Poema. Juiz de Fora: FUNALFA; Campinas: Pontes Editores. 2012, p. 47.)
Luno de Leblono
Multajn lunojn mi travivis...
Baroka luno ĉe Minoj,
levita hostio luma
super la silento pia
de l’ tegmentoj de l’ preĝejoj
en Ouro Preto, Mariana ...
Kaj frida luno de Manhatan
solecon estas verŝanta
sur brakojn de l’ Libereco ...
Sed ĉi tiu ruĝa luno, kiun,
de l’ Leblono Belvidejo,
mi kontemplas surgenue:
luno per oro kovrita,
nuda, tutnuda fajre,
levita pasio, fetiĉo...
Tia luno, ekvilibristo,
ĉina balono sorĉanta,
estas, kiel sunorgasmo:
fajro sur ora maro!
Maria Nazaré Laroca
Poemo tradukita la 17-an de Oktobro 2016.
Juiz de Fora – Minoj - Brazilo