O nome
O pensamento vagueia pela cidade; de repente tropeça no meu
nome. Aceito o convite e adentro um caminho feito de palavras como flores
às margens do tempo.
Acompanho-me em silêncio...
Quando nasci, minha mãe me nomeou: Maria Nazaré. Maria, em honra
à Outra, a excelsa; e Nazaré, em hebraico, toda a tensão da
sentinela, sempre pronta a proteger os afetos.
Do pai herdei Carvalho, árvore sagrada dos celtas, pura
resistência às intempéries da vida.
O casamento presenteou-me com Laroca, a
rocha que hoje se descobre pedra viva, sonhando ser Maria, simplesmente.
La nomo
La
penso vagadas tra la urbo; subite ĝi stumblas ĉe mia nomo. Mi akceptas la
inviton kaj eniras en vojeton faritan el vortoj, kiel floroj je la rando de
l’ tempo.
Silente
mi akompanas min mem...
Kiam
mi naskiĝis, la patrino min nomumis Maria Nazaré. Maria, en honoro al la Alia,
la sublima; kaj Nazaré, el la hebrea, ĉia streĉeco de l’
sentinelo, ĉiam preta por protekti la amatojn.
De
la patro mi heredis la familian nomon Carvalho (kverko), sankta arbo laŭ la
keltoj, pura rezistokapablo kontraŭ la tempestoj de l’ vivo.
Geedziĝo donacis al mi plian nomon: Laroca, la roko, kiu nun trovas sin vivanta ŝtono, revante pri la eblo fariĝi simple Maria.
Maria Nazaré de Carvalho Laroca
Juiz de Fora, 12/02/2015.
4 comentários:
E pensar que há alguns dias você disse que Poesia havia te deixado...
Ainda bem que ela, educada e discreta como sempre, fez de conta que não ouviu o lamento injusto.
Se eu fosse ela te botava no bolso do avental, e de cabeça para baixo! Ainda bem que bruxas nunca foram poetas... concorda?
Tre bela prozpoemo! Vere, la nomo farighas parto de la personeco.
Ree, mi gratulas vin pro viaj belaj kaj interesaj verkoj.
Lindo!
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