Textos em português e esperanto. Tekstoj en la portugala kaj en Esperanto.

Obrigada por sua visita! Dankon pro via vizito!

sexta-feira, 25 de março de 2022

Procura _ Serĉo

 


BUSCA

 

Na era da pós-verdade, 

o homem é condenado a pensar,

e não consegue fugir de si mesmo.

 

Metonímia de mim,

caminho sob o sol de um céu

absurdamente azul deste outono,

a dor pendurada no ombro,

cravejado de parafusos,

no braço que ainda é meu.

 

Só me encontro comigo no silêncio verde,

na paz das velhas árvores da praça

que me abraça sem fazer perguntas.

 

 SERĈO

 

En la post-vero-epoko,

homo  kondamnitas pensi,

kaj li ne povas forkuri de si mem.

 

Kiel metonimio de mi,

mi vojiras sub suno sur ĉielo

absurde blua ĉi-aŭtune,

la doloro pendanta en la ŝultro

per najloj fiksita,

en brako ankoraŭ mia.

 

Mi nur min renkontas 

en la verda silento,

ĉe la paco de l’ arboj maljunaj

sur la placo, kiu brakumas

min sen demandoj.

 

Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora, 25/03/2022.

Brazilo

 

 


4 comentários:

Simplesmente mulheres disse...

Triste!!! Eu também estou profundamente triste mas a vida é assim.Quem dera eu caminhasse bem e pudesse rever meu amigo que se foi !

PaPos Nascentes: Paulo P Nascentes disse...

Feliĉo foje estas tiu arbo, kiu nin brakumas sen ajna demando. Foje ĝi estas poezio, kiu kreas la arbon mem. Bele.

André Luiz Vianna disse...

Muito bom, Nazaré. A última estrofe está linda mesmno!

Maria Ramos disse...

Belega poemo, amikino!
Mi dankas vin, cxar vi donas gxin al ni, viaj geamikoj.