Textos em português e esperanto. Tekstoj en la portugala kaj en Esperanto.
Obrigada por sua visita! Dankon pro via vizito!
Obrigada por sua visita! Dankon pro via vizito!
terça-feira, 1 de outubro de 2013
O semeador
O poeta semeia versos
Na pele escura da noite
Onde dormem inquietudes
E seus luares boêmios.
Nas entrelinhas do texto,
Um rio de sonhos passa,
Mas só se pescam estrelas
Com o olhar desarmado.
Maria Nazaré de C. Laroca
Juiz de Fora, 1º/10/2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Moda _ Modo
Moda
O mercado da moda
Costura com glamour
A fama provisória.
E inflama e nutre
A glória ilusória
Irreal somente,
Pois todo mundo
Quer se vestir igual
Para ser
diferente.
Modo
La modo-merkato
Famon provizoran
Ĉarme kudras.
Kaj ekscitas, nutras
La iluzian gloron
Tute nerealan,
Ĉar ĉiuj deziras
Sin vesti sammaniere
Por esti malsamaj.
Maria Nazaré de C.
Laroca
Juiz de Fora,
29/09/2013.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Sinfonia branca _ Blanka simfonio
Sinfonia branca
Sempre é primavera
No jardim humilde
Onde rosas brancas
Tocam violino.
Vibram as pétalas
Como bailarinas
Prontas para o voo
Da dança secreta.
E a melodia das flores
A cada dia renasce;
Todavia ninguém ouve.
Blanka simfonio
Ĉiam printempas
En humila ĝarden’
Kie blankaj rozoj
Violonon ludas.
Pretaj por la flugo
Vibras petaloj
Kiel dancistinoj
De l’ danco sekreta.
Kaj la melodi’ de l’
floroj
Ĉiutage renaskiĝas
Sed ilin aŭskultas neniu.
Maria Nazaré de C. Laroca
Juiz de Fora, 25/09/2013.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Na rede _ Enrete
Na rede
Querendo ou não,
Estamos todos presos
À teia humana,
Que roda em cadeia
Em rede insana.
E ela ateia o fogo
Da modernidade
Que campeia
E nos atordoa.
Querendo ou não,
Estamos sob a mira
Do olho invisível
Que nos rastreia
A solidão de cada dia
Cruamente exposta
Nas redes sociais.
Tudo conectado,
Infiltrado, então,
Na leitura da mente
Que mente o que sente:
Pois não se consegue
Decifrar o coração.
Enrete
Vole nevole
Ni katenitas
En homa reto
Turniĝanta ĉene
Freneza lige.
De l’ modernec’,
Kiu fulme elstaras
Kaj nin konfuzas
Ĝi startigas fajron.
Vole
nevole
Nin celas
Nevidebla okul’,
Kiu sekvas nian
Ĉiutagan solecon
Krude elmontritan
Per retoj sociaj.
Ĉio konektitas
Infiltrite tiam
Legante la menson,
Kiu kaŝas la senton:
Ĉar deĉifri koron
Tute
ne eblas.
Maria Nazaré de C.
Laroca
Juiz de Fora, 24/09/2013.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Utopia _ Utopio
Utopia
O poeta continua
a acalentar a pedra nua
da existência inquieta,
até sangrar o silêncio
de futuros estúpidos
que devoram lírios.
Mas a pedra é rio
que desliza lesto
no universo: alma
da indispensável
utopia.
Utopio
Poeto daŭre nutras
la ŝtonon nudan
de malkvieta ekzisto,
ĝis sangu silent’
de stultaj estontoj
kiuj liliojn voras.
Sed la ŝton’ riveras
kaj pluglitas lerte
tra l’ univers’: animo
de l' utopi' necesa.
Maria Nazaré de C. Laroca
Juiz de Fora, 23/09/2013.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Posse _ Posedo
Posse
O filho vem de férias,
Organiza o vazio,
E vai embora um dia.
No quarto dorme ainda
Seu perfume preferido,
E o coração da mãe
É só dor que sangra.
Preciso reaprender o verbo ter:
Desvendar a impermanência
De sua semântica.
Porque não perderei
O que nunca tive, apesar
Da oferta das estrelas...
Eu não tenho nada:
Nem mesmo este corpo
Que habito à espera
Da hora da partida.
Posedo
Filo venis ferie,
Organizis malplenon
Kaj iam foriris.
En la ĉambr’ ankoraŭas
Lia parfum’ preferata
Kaj la kor’ patrina sangas
Pro dolor’ senfina.
Do mi nepre eklernas
La verbon havi kaj
Malkaŝas
ties efemeran
Semantikon.
Tial
mi ne tion perdos,
Kion
mi neniam havis,
Malgraŭ la stelposedon…
Ja mi havas nenion:
Eĉ
ĉi tiun korpon,
En kiu mi loĝas.
Mi atendas nur
La ĝustan alvokon
Por eliri.
Maria Nazaré de C. Laroca
Juiz de Fora, 16/09/2013.
domingo, 15 de setembro de 2013
Lúdica _ Ludema
A gaivota acrobata
Desenha a alegria
Na paisagem verde-azul.
Solitária, ela capta
Meu olhar em zoom
Extasiado.
E a gaivota dança,
Planando com leveza;
Ora mergulha e se lança
Flecha sem endereço...
Ora parece um brinquedo
Sob remoto controle
Em mão hábil de criança.
Mas ela se foi de
repente
Em busca de outro
cenário,
E minh’ alma ainda sente
O gosto da liberdade,
Presente que me deixou.
(Poema premiado no Concurso Nacional de Poesia Silvestre Mônaco
Niterói – RJ 2010.)
Ludema
Mevo akrobatas
Kaj ĝojon pentras
Sur la pejzaĝ’ verdblua.
Soleca, ĝi kaptas
Mian rigardon
Ekstazan.
Kaj la mevo dancas
Gracie ŝvebante;
Jen ĝi maren ĵetiĝas
Jen aeren kiel
Sago senadresa...
Nun ĝi aspektas ludil’:
En lerta infanmano
Per fora komando.
Sed subite ĝi forflugis
Serĉante alian scenejon,
Sed l’ anim’ ankoraŭ sentas
La guston de libereco,
Regalon neforgeseblan.
Maria Nazaré de C. Laroca
Juiz de Fora, 15/09/2013.
(Poemo premiita en Nacia Poezio Konkurso “Silvestre Mônaco” - Niterojo - RJ- 2010; kaj esperantigita de mi la 15-an de Septembro 2013.)
Assinar:
Postagens (Atom)