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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Inverno _ Vintro




Inverno


O céu desmaia em cinza

nas montanhas de Minas.

E esse vento molhado

desenha o inverno

no chão da minha pele.
 
 
Vintro
 
La ĉielo svenas grize
ĉe la montoj de Minoj.
Kaj la vento malseka
jen  vintron desegnas
sur la grund’ de mia haŭto.
 
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 06/07/2015.
 


domingo, 28 de junho de 2015

Obrigada, Haroldo! _ Dankon, Haroldo!

O


 
Obrigada, Haroldo!

Caro Haroldo Dutra Dias,

há muito tempo tu és

a carta viva do Cristo.

 
Pela canção do Evangelho,

tua palavra é sol

que liberta o homem velho

perdido dentro de nós.

 
Com amor e sabedoria

de um Espírito de escol,

tu semeias nova era

de luz para  a nossa Terra.

 
Dankon, Haroldo!
 
Kara Haroldo Dutra Dias,
antaŭ tre longe vi estas
vivanta leter’ el Kristo.
 
Per l’ evangelia kanto,
via vorto estas suno,
oldulon liberiganta
perditan ene de ni.
 
Kun amo kaj saĝeco
de iu elstara Spirito,
novan tempon vi prisemas
el lumo por nia Tero.
 
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 28/06/2015.

 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Silêncio_ Silento





Silêncio

Cedo expulso das ruas,
flutua agora a dedilhar
segredos e luares
no seio da brisa nua.

Mas seduz o poeta
e adentra o poema,
por metáforas vazias
de ruídos banais.


Silento

El la stratoj forpelita frue
nun ĝi ŝvebas pinĉante
lunlumojn kaj sekretojn
en la sino de l’ zefir’ nuda.

Sed poeton ĝi allogas
kaj eniras en poemon
per metaforoj malplenaj
de bruadoj banalaj.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 23/06/2015.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Meu corpo _ Mia korpo


Meu corpo


Minh’ alma se vestiu de um corpo

que me permite estar no mundo:

arena de  sonhos infindos

que eu pastoreio sem medo.

 
(A veste é matéria tecida 

de  moléculas invisíveis

que, renovadas, não se tocam...)

 
E, assim, no leme desse barco,

meu templo de luz condensada,

aos poucos eu vou construindo 

minha  humanidade divina. 


Poema a partir da reportagem Transvanguarda, de Silas Martí. C4 Ilustrada. Folha de S.Paulo. 14/06/2015.

“Em tempos de transexuais, celebridades, artistas plásticos transformam o corpo com hormônios em ações radicais para questionar o gênero.”


Mia korpo



Mia animo vestis sin per korpo,
kiu permesas al mi esti en la mondo,
areno de senfinaj sonĝoj
paŝtitaj de mi sentime.

(La veston materio teksas
el nevideblaj molekuloj,
kiuj renovigataj ne sin tuŝas...)

Gvidante tian boaton,
aŭ templon el lum’ kondensita,
mi laŭgrade konstruadas
mian humanecon dian.

 Poemo  surbaze de  ĵurnala raporto verkita  de Silas Martí  pri la tiel nomata Trans-avangardo (Silas Martí. C4 Folha de S.Paulo, 14/06/2015).
"Dum transseksaj tempoj, famuloj, plastikartistoj, transformas la korpojn per hormonoj kaj radikalaj agoj, pridiskutante la genrojn."
 
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 16/06/2015.
 





 

 
 

 

 


 
 
 
 
 

 





 

 


 


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Urânia _ Uranio

 
 
Urânia
 
A Poesia silente dança
no infinito do presente eterno;
e o Poeta sonha com Urânia,                                                 
que o guia em voo ao universo.
 
Viu então que a Terra é a fulgurante
estrela vésper dos céus de Marte,
sendo a humanidade tão pequena...
 
E saudou a Força que sustenta
e move todos os sóis do cosmo;
ela que é a mesma chama que anima
seu corpo em viagem peregrina!
 
 Uranio

La Poezio silente dancas
ĉe l’ infinit’ de l’eterna estant’;
kaj pri Urani’ Poeto sonĝas:                                                 
ŝi per flug’ al univers’ lin gvidas.
 
Tiam li vidas, ke brilas Ter’:  
vesperstel’ sur la ĉiel’ de Mars’,
malgraŭ ke tiel malgrandas homar’...


Kaj salutas li la Forton, kiu subtenas
kaj movas ĉiujn sunojn en la kosmo;
Ĝi, kiu estas la sama flamo, kiu animas
lian korpon dum  pilgrimanta iro!
 
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 12/06/2015.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Passos _ Paŝoj




Passos

O olhar do poeta
tropeça nas nuvens
do caminho e sonha
decifrar o encanto
da dança binária
dos pés que passam
em humano compasso.

E, passo a passo,
a vida desfolha as horas
na curva infinita do tempo.
O salto é descompasso:
risco de queda ou voo.
  
Paŝoj

La rigardo de l’ poeto
faletas en la nuboj
de la vojo kaj sonĝas
deĉifri la ĉarmon
de la dutempa danco
de l’ marŝantaj piedoj
laŭ la homa takto.

Kaj, paŝon post paŝo,
horojn viv’ senfoliigas  
en la senfina  tempkurbo.
Sentaktas la salto:
risko de falo aŭ flugo.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 02/06/2015.





sábado, 30 de maio de 2015

Juiz de Fora: 165 anos!



É festa de aniversário,
mas na cidade operária,
tecelã da poesia,
sopra o vento da saudade
no presente da alegria.

É Juiz de Fora tão dentro
do coração de seus filhos,
que mesmo fora, distantes,
querendo, a alma se aninha
nos braços de suas montanhas.

É festa de aniversário,
mas na cidade operária,
tecelã da poesia,
sopra o vento da saudade
no presente da alegria...
 
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 31 de maio de 2015.