Deus
Deus é verbo causativo
de norte a sul do meu corpo.
Fonte, matriz, alimento
da minha razão de ser.
Não é senhor nem senhora;
não castiga nem perdoa,
embora o homem lhe empreste
um rosto, ritos, paixões.
Deus é energia que gera
a harmonia do infinito,
plasmando formas e essências
à sua imagem e semelhança.
Deus não se quer
prisioneiro
dos templos frios de
pedra:
é foco de luz contínua:
Deus é Lei, é Poesia.
Dio
Dio estas kaŭza verbo
de nord’ al sud’ de l’
korp’ mia.
Fonto, matrico, nutraĵo
de mia esto-kialo.
Nek sinjor’, nek sinjorin’;
neniun Di’ punas, pardonas,
kvankam homoj al Di’
donas
vizaĝon, ritojn, pasiojn.
Energio, kiu naskas
la senfinan harmonion,
muldanta formojn,
esencojn:
ĉion je similec’ dia.
Di’ ne estas arestito
en fridaj temploj el ŝtono:
fokuso de lumo daŭra,
dia Leĝo
Poezias.
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 18/08/2015.