Na rede
Querendo ou não,
Estamos todos presos
À teia humana,
Que roda em cadeia
Em rede insana.
E ela ateia o fogo
Da modernidade
Que campeia
E nos atordoa.
Querendo ou não,
Estamos sob a mira
Do olho invisível
Que nos rastreia
A solidão de cada dia
Cruamente exposta
Nas redes sociais.
Tudo conectado,
Infiltrado, então,
Na leitura da mente
Que mente o que sente:
Pois não se consegue
Decifrar o coração.
Enrete
Vole nevole
Ni katenitas
En homa reto
Turniĝanta ĉene
Freneza lige.
De l’ modernec’,
Kiu fulme elstaras
Kaj nin konfuzas
Ĝi startigas fajron.
Vole
nevole
Nin celas
Nevidebla okul’,
Kiu sekvas nian
Ĉiutagan solecon
Krude elmontritan
Per retoj sociaj.
Ĉio konektitas
Infiltrite tiam
Legante la menson,
Kiu kaŝas la senton:
Ĉar deĉifri koron
Tute
ne eblas.
Maria Nazaré de C.
Laroca
Juiz de Fora, 24/09/2013.