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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Rumo _ Direkto



Rumo

O poeta carrega consigo
o peso de dezembros
que não passam, dezenas
de pássaros esquecidos.

Mas começa agora
a retirar dos ombros,
com  cuidado, o feixe
de sonhos ressequidos,
para arrojá-los sem pena
na chama da alma desperta.

Nos olhos, leva apenas
a  leveza da alegria,
pois o futuro descansa
nas águas da esperança.


Direkto

La poeto kunportas
la pezon  de decembroj,
kiuj ne pasas,  dekojn
da forgesitaj birdoj.

Sed nun li komencas
el la la ŝultroj eltiri  zorge  
la faskon  da velkintaj revoj,
por ilin forĵeti  senpene
en la flamon de l’ anim’ vekita.

En la okuloj, li nur portas
la leĝeron de l’ ĝojo,
ĉar l’ estonto ripozas
sur l’ akvo de l’ espero .

Maria Nazaré Laroca

Juiz de Fora, 06/12/2016.

7 comentários:

Blogdopaulo disse...

Belega en sia milda melankolio!
"Decembroj, kiuj ne pasas, forgesitaj birdoj"estas morinda metaforo.

Vitória Portugal disse...

Lindíssimo! Leve, terno, melancólico mas cheio de esperança!!! Beijos.

Paulo P Nascentes disse...

Senvojeco de la nuna mondo antaŭ la vojo de poeto al saĝa espera matureco.

Unknown disse...

Dankon kara!

Lírica disse...

Seu poema parece uma verdadeira alquimia, Nazaré.
E lendo duas, três vezes, a gente percebe como essas transformações nos revigoram! É a fonte da juventude, a pedra filosofal através da poesia...

Anônimo disse...

O poeta, apesar de tudo, nos abre um futuro cheio de esperança...

Unknown disse...

Belega pooemo, dankon!